O hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular (CHC) é responsável por aproximadamente 5 mil óbitos todos os anos apenas no Brasil, segundo dados do INCA. Esse câncer tem uma alta complexidade no diagnóstico e tratamento, sendo um desafio para os médicos. No final de abril, a American Association for the Study of Liver Diseases (AASLD) atualizou suas recomendações para manejo do CHC.

 

Os pontos chaves são:

 

1) Recomenda-se realizar a vigilância primária com ultrassom com ou sem teste de alfafetoproteína (AFP) a cada 6 meses; não utilizar tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

2) A vigilância não deve ser interrompida em pacientes com cirrose relacionada ao HCV que eliminaram o vírus; a vigilância pode ser descontinuada em pacientes com infecção pelo HCV ou doença hepática gordurosa não alcoólica que não têm cirrose.

3) Recomenda-se investigar lesões com > 1 cm na ultrassonografia e AFP > 20 ng / mL.

4) Recomenda-se realizar uma biópsia hepática em pacientes com lesões de cirrose indeterminadas em imagens dinâmicas.

5) A biópsia hepática é necessária para o diagnóstico de CHC em pacientes sem cirrose; o diagnóstico não pode ser feito por exames de imagem.

6) A ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha para o CHC localizado em pacientes sem cirrose ou cirrose compensada. O transplante hepático é o tratamento de escolha para o CHC em pacientes com cirrose descompensada.

7) Terapias ablativas têm potencial de cura. As evidências sugerem que a ablação térmica é superior à injeção de etanol.

 

 

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